Ana Beatriz tem uma vida um pouco diferente da maioria das meninas de sua idade. Começou cantando em corais infantis na Igreja Adventista do Sétimo Dia. "Viram que eu cantava direitinho e foram me chamando para outras coisas", conta. "No começo, minha família ficou preocupada, com medo de isso atrapalhar meus estudos. Mas sempre me incentivaram", explica.
Hoje, a agenda de shows toma quase todo seu tempo. As apresentações são tantas que ela nem ensaia mais com muita freqüência. "A rotina de shows fez com que eu me acostumasse ao repertório", explica. Em novembro, Ana Beatriz passou 11 dias cantando em cidades do Rio Grande do Sul. Com isso, ela imagina que 2009 será um ano bem atribulado, porque terá de conciliar a carreira gospel com a faculdade de direito. "Há dois anos freqüento cursinhos para me preparar para concursos públicos, mas o que quero, desde pequena, é ser delegada. Não tenho medo de seguir essa profissão, nem morando no Rio de Janeiro. É o que eu quero mesmo", explica. "Não posso parar de estudar por causa da música. Quando eu fazia escola, era puxado também. Muitas vezes, saía da rodoviária ou do aeroporto e ia direto para a aula. Nada sem esforço é válido", opina.
Até sua rotina religiosa é afetada quando a agenda de shows fica cheia. "Tem uma igreja, em Realengo [zona oeste da cidade do Rio de Janeiro], onde vou desde pequena. Mas quase não estou freqüentando lá, por causa das viagens", conta. Ana Beatriz sente falta dos amigos no santuário, mas contorna esse problema indo aos cultos nas cidades onde está nos fins de semana. "Na minha religião, o mais importante é o culto do sábado, quando, geralmente, estou viajando. Mas não deixo de ir por causa disso. Até porque sou chamada para fazer shows nas igrejas", explica.
Apesar das mudanças que a rotina dupla traz para sua vida, Ana Beatriz nunca teve dúvidas de que precisa seguir cantando sobre sua crença. "A melhor coisa que há é ouvir alguém dizer que aceitou Jesus porque ouviu minha música. Recebo mensagens por e-mail de outros países, de lugares que eu nem imaginava existir", conta. "Já li que, por causa da minha música, um momento de aflição em um hospital foi amenizado. Isso me alegra: saber que eu dei esperança a alguém."
Certa vez, durante uma apresentação em uma pequena igreja de Campo Grande (MS), ela viu algo mais intenso. Enquanto cantava, uma mulher entrou no templo aos prantos. "Acabei de cantar e ela ficou no centro da igreja chorando descontroladamente. No final do culto, meu pai foi falar com ela. A moça contou que estava indo para casa cometer suicídio, mas, ao ouvir a música que dizia que Jesus morreu por ela, desistiu daquilo", conta, admirada.
Essa garota tem muito talento. Que Deus possa abençoá-la sempre pra que possa levar sua palavra em forma de melodias e com fiel testemunho levar mais pessoas aos pés do salvador!!
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